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  • Foto do escritorApocalipse - Tua Fé Te Salvará

O Alcorão é a palavra incorruptível de Deus?

Atualizado: 12 de jul. de 2019

Cerca de seis séculos depois de Jesus ter apresentado à humanidade o conceito mais elevado que o homem pode ter de Deus, como sendo o perfeito Pai amoroso de todos, Maomé reintroduziu o conceito do Deus irado, vingativo, cruel, justiceiro dos registros mais anteriores e inferiores do Antigo Testamento. Além disso, calcou por terra a ideia de que Deus pudesse ser o Pai de todos e, muito menos, ter um Filho perfeito que se encarnou na Terra. E transformou essa gloriosa e libertadora revelação de Deus no mais terrível anátema, como sendo uma blasfêmia passível de condenação à morte decretada por Alá, cuja sentença e consumação deveriam ser levadas a efeito por todos os bons muçulmanos.


Exatamente a razão pela qual Jesus foi levado à morte por metade do Sinédrio judeu – a sua filiação a Deus – passou a ser a razão para a morte de cristãos às mãos de fiéis muçulmanos.


O Alcorão, por todas as razões que vimos neste estudo e muitas mais, é o exemplo mais categórico de como precisamos ter muito cuidado e um rigoroso critério ao decidir acreditar em supostas Escrituras sagradas sem usarmos o discernimento racional nem buscarmos o suporte do Espírito da Verdade que Jesus deixou conosco, para nossa orientação, enquanto ele ascendeu para ir tomar conta do seu universo inteiro.


Tenho suficiente conhecimento das incongruências, contradições e fragilidades do Alcorão e dos hádices, como também tenho suficiente experiência de debate com muçulmanos, para ver que por muito cristalinamente que sejam expostas essas contradições os muçulmanos, na sua quase totalidade, simplesmente não conseguem vê-las. Eles ficam repetindo que é você quem não está vendo o óbvio, ou seja, a perfeição das Escrituras islâmicas supostamente incorruptíveis.


Há um mecanismo na psique humana que serve para que a pessoa não se desestruture e se mantenha sólida e firme no meio da imponderabilidade das circunstâncias da vida. Esse mecanismo está radicado no ego. A criatura busca instintivamente essa segurança, porque, para o ego, algo que saia da estrutura de valores conhecida é uma ameaça potencial à sobrevivência. Todos os egos de todas as pessoas, durante o período de formação na infância, puberdade e adolescência, desenvolveram estratégias inconscientes de sobrevivência. Na fase de nossa formação, em que somos criaturas indefesas dependendo da proteção e amor dos pais, estes são o nosso referencial e principal refúgio, psicologicamente, mesmo que factualmente eles não estejam produzindo essa segurança para a criança. É da distância entre a expectativa inata da criança de ser amada pelos pais e a falta da correspondência deles na prática que surgem patologias agudas, como, por exemplo, o ego sádico ou o masoquista.


Quando o nosso ego “percebe” que não morreu nessas primeiras lutas da existência, então “deduz” para si mesmo que conseguiu uma estratégia vencedora que o protegerá para a vida inteira, caso ele, o ego, permaneça firme. Logo, o ser humano entra no modo automático, se agarrando subconscientemente a essa estratégia vencedora, com uma resposta psicológica e comportamental repetida aos estímulos e circunstâncias. É o princípio de que “não se mexe em time que está vencendo”. Os referenciais da fé religiosa, para a criança, fazem parte desse pacote de sobrevivência incutido pelos pais – ou por qualquer autoridade que para as crianças substitua os pais.



Em sociedades tão autoritárias quanto as islâmicas, em que o policiamento de costumes e práticas externas é tão impositivo, as crianças depressa se submetem à autoridade religiosa, praticamente sem possibilidade de escape, percebendo instintivamente que somente isso garantirá a sua sobrevivência. Elas nasceram num contexto em que lhes gravaram a fogo na sua psique que as Escrituras islâmicas são perfeitas, que não carecem de evolução nem ampliação, e que o modelo de homem perfeito é o último profeta, Maomé, após o qual não virá mais nenhum profeta. Além disso, lhes é frontalmente dito que se em algum momento duvidarem dessas premissas, automaticamente perdem a condição de serem muçulmanos, perdem o direito a pertencerem à “umma” – a comunidade dos crentes –, passando a ser odiados por Alá quando a dúvida assalta a sua mente, no oculto, e sendo depois rejeitados pela comunidade islâmica, caso a sua dúvida seja exposta. Como se isso não bastasse, a própria lei “divina”, a charia, estipula que um desertor do islã está inerentemente condenado à morte e em qualquer momento sujeito a que um crente fiel cumpra essa sentença contra ele.


Com esta breve descrição do problema, já dá para ter uma boa ideia das forças telúricas da psique de um muçulmano. Esse é um ser em risco permanente, em alto nível de estresse psicológico, mas com uma tensão interna totalmente abafada, não reconhecida pelo próprio portador do desvio. Ele ou ela está programado mentalmente para sofrer elevados níveis de culpabilidade e autopunição em qualquer momento que pudesse surgir uma mínima dúvida em sua mente relativamente às suas Escrituras ou às determinações da charia. A proibição religiosa, o pavor à mínima semente de apostasia, está gravado a ferro e fogo na sua mente. Por isso se vê mulheres islâmicas defendendo zelosamente o uso de hijab (véu islâmico), ou toda e qualquer prática que as diminua como ser humano e lhes roube todos os direitos a uma existência digna, e declarando, piamente e com convicção, que esse mesmo fator de opressão à sua condição feminina é supostamente a marca da sua proteção e dignificação, o garante da sua pureza e aceitação aos olhos de Alá. O condicionamento é tão forte que leva a pessoa a considerar positivo e benéfico o que lhe é profundamente prejudicial.


Por causa desse mecanismo, se a pessoa não se mune de muita honestidade consigo mesma, de um amor à verdade tal que lhe permita enfrentar o derrubamento das suas mais caras ilusões ou até mesmo risco físico, venha o que vier e custe o que custar, então ela simplesmente não verá a verdade, por muito óbvia que a contradição pareça ao observador externo e não condicionado. Não é por acaso que aqueles muçulmanos que lançam um grito de alma a Deus para finalmente lhes ser entregue a verdade, com toda a sinceridade do seu coração, são agraciados com sinais poderosos, muitas vezes com sonhos ou até visões em que Jesus os visita e fala com eles, os acolhe em seu coração divino e os chama à sua seara. Muitos muçulmanos, pelo seu zelo sincero de quererem fazer a vontade de Deus, vêm a se transformar nos cristãos mais dedicados, dispostos ao martírio pelo amor ao Senhor e a entrega à Sua causa.


A quantidade de contradições nas Escrituras islâmicas é avassaladora. Não vou explorar aqui os meandros dessas enormes e inúmeras incongruências, para o que seria necessário um livro inteiro, mas vou focar apenas no item da tão badalada incorruptibilidade das Escrituras islâmicas. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é incorruptível e que existe agora na sua forma única como surgiu há cerca de 1.400 anos. Ora, isso não é verdade. Descobertas vêm sendo feitas que comprovam que o Alcorão não está na forma original, a qual ninguém sabe sequer qual era. Atualmente estão registradas vinte e seis versões diferentes do Alcorão em arábico. Esse estudo ainda vai na fase inicial e já foram encontradas mais de 5 mil diferenças de significado entre várias versões. Atenção, não são diferenças de sintaxe e gramaticais decorrentes das diferentes regiões e nações do islã, mas sim diferenças de significado.[1]


Somente entre duas das vinte e seis, a versão Hafs e a Warsh, já foram detectadas mais de 1.300 diferenças de significado. Os exemplares mais antigos do Alcorão que se conhecem são diferentes entre si e das versões mais atuais. Em 1924 foi canonizada uma versão, a Hafs, que tentava padronizar o Alcorão para todo o mundo islâmico, e que é de fato a mais usada de todas. No entanto, todas as outras vinte e cinco continuam aí. E qual é a fidelidade desse texto padronizado de 1924 em relação ao texto original, se ninguém sabe qual entre todos (se é que algum deles) seja o original?


Como se não bastassem todas essas divergências atuais, o próprio surgimento do Alcorão está fundamentado em determinações altamente discutíveis e duvidosas. É que passaram dezoito anos depois da morte de Maomé até que o Alcorão fosse compilado, por ordem do terceiro califa, Uthman ibn Affan. Este califa tomou essa decisão emergencial porque começaram a aparecer divergências nas récitas do Alcorão por parte dos muçulmanos enquanto a tradição era essencialmente oral, e quando existiam muitos registros escritos fracionados e espalhados. Diante dessa emergência, Uthman ordenou a compilação do Alcorão, e após esse trabalho terminado, mandou que fossem queimados todos os exemplares e fragmentos existentes que não fossem porções da versão selecionada por ele. De qualquer modo, se agora no século 21 existem vinte e seis versões do Alcorão no idioma árabe, qual delas seria a de Uthman (se é que alguma)?


Mesmo com a intervenção emergencial de Uthman, existem tradições nos hádices sobre versículos que foram esquecidos, até mesmo um deles, pelo menos, esquecido pelo próprio Maomé. Há referência, inclusive, a um capítulo inteiro desaparecido. A esposa favorita de Maomé, Aisha, conta que, quando estava de luto após a morte de Maomé, houve uma cabra que invadiu os seus aposentos e comeu um capítulo inteiro do Alcorão.


Os próprios hádices só começaram a surgir 240 anos depois da morte de Maomé, e são os considerados mais confiáveis pelos muçulmanos.


Um Alcorão incorruptível é um mito óbvio, mas um que qualquer muçulmano se recusa a reconhecer como mito. E lá ficam eles, continuamente repetindo o seu mantra de que o Alcorão é incorruptível, que só existe um único à face da Terra desde o seu surgimento, e nada poderá driblar a proteção direta de Alá à sua Escritura sagrada, mesmo que os exemplares diferentes do Alcorão em arábico estejam aí no mundo, concretos, materializados, palpáveis, visíveis para qualquer um confirmar as diferenças; e mesmo que todos os levantamentos escriturais e arqueológicos das próprias fontes islâmicas estejam demonstrando que a corrupção do livro já aconteceu logo no início e ainda está vigente. Da maneira que as coisas estão, ninguém sabe entre estes qual era o Alcorão original, se é que é algum deles. Esse é que é o fato indisputável.


Mas como poderão os muçulmanos aceitar as evidências se o seu próprio livro alegadamente perfeito, a suposta palavra de Alá, está dizendo que o seu livro sagrado é incorruptível? Poucas psiques estão permeáveis a sofrerem essa fratura interna extremamente dolorosa para o ego, quando tantas ameaças “divinas” pairam sobre o crente muçulmano. E tudo isso campeia no subconsciente profundo.


Ademais, esse fundamento da incorruptibilidade do Alcorão está indissoluvelmente sustentado na ideologia islâmica de que a Bíblia foi corrompida. É essa corrupção da Bíblia que confere ao islã toda a sua razão de ser, toda a sua existência. Se esse fundamento for derrubado, então todo o islã desmorona. Consegue, assim, o leitor entender que o fenômeno psíquico que formata as crianças muçulmanas é a mesma chave que enclausura a comunidade islâmica como um todo? Que o medo individual subconsciente de jamais ser permitido pôr em dúvida o Alcorão e Maomé está intrinsecamente ligado ao medo coletivo de a comunidade dos crentes poder estar sustentada numa farsa ou erro grosseiro, um erro que a mera existência da Bíblia e seus conceitos vêm denunciando desde há 1.400 anos? Por isso tanto ódio e rejeição à Bíblia, ao cristianismo e ao judaísmo. Esse já tinha sido o início do conflito de Maomé com os judeus e cristãos da península Arábica, os quais não davam crédito às incipientes alegações “proféticas” de Maomé. Por isso ele fez questão de chaciná-los sempre que não quisessem se converter, e tratou de validar esse ato hediondo nas Escrituras islâmicas como se fosse um comando sagrado de Alá.


É a Verdade trazida por Jesus, cujos remanescentes podem ser detectados no Evangelho do Novo Testamento, que irá derrotar o islamismo. Dá para perceber como a espada que sai da boca (a Palavra) do Rei dos reis e Senhor dos senhores, Jesus Cristo, irá derrotar a Besta, o Dragão e o Falso Profeta?


"Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.

Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo.

Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;

e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.

Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.

Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES."[2]


[1] Se o leitor quiser ter uma excelente panorâmica, substanciada e contextualizada, sobre toda esta problemática, com constantes atualizações sobre as mais recentes pesquisas e descobertas ligadas ao islamismo, pode consultar na internet as atividades de Jay Smith, cofundador do instituto Pfander Center for Apologetics.


[2] Apocalipse 19:11-16.






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