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  • Foto do escritorApocalipse - Tua Fé Te Salvará

“Fui feito vitorioso por meio do terror” [Maomé, séc. 7]

Atualizado: 12 de jul. de 2019


João, no Livro de Apocalipse, diz que a Besta “era e não é, mas aparecerá”.[1] Na época em que João recebeu a sua profecia, no tempo do Império Romano, não existia um império na região da Babilônia que de fato tivesse domínio sobre Israel ou os cristãos recentemente surgidos. Por isso o Anjo declarou que a Besta “não é”, querendo significar que ela não estava atuando naquela época, na década de 90 d.C., à cabeça de um império no Oriente Médio, mas que iria aparecer em algum momento, o que se confirmou somente mais de quinhentos anos depois, no século 7, com o surgimento do Império Islâmico.


De fato, embora o Império Romano tenha se espalhado desde o oceano Atlântico, em mais de metade da Europa, incluindo parte das Ilhas Britânicas, até à costa oriental do Mediterrâneo e ainda pela faixa litorânea da África do Norte, ele nunca foi mais longe do que cerca de 200 ou 300 km para o interior do Oriente Médio. Houve apenas um período de menos de dois anos, nos últimos anos do imperador Trajano, entre 115 e 117, em que os romanos guerrearam os partas da região mesopotâmica e persa e venceram uns poucos confrontos, tendo perdido outras tantas pelejas. Mas considerando o rápido recuo dos romanos para as fronteiras sírias a ocidente do setor norte do rio Eufrates logo em seguida, por ordem do novo imperador Adriano, não seria honesto considerar que realmente os territórios da antiga Babilônia alguma vez foram parte do Império Romano. De fato, não foram, porque Roma jamais estabeleceu a sua soberania ou atos administrativos sobre esses territórios mesopotâmicos e persas.


Enquanto isso, jamais Parta teve realmente influência direta sobre a nação de Israel e Jerusalém. Se Parta nunca dominou Jerusalém, então o Império Parta não tinha que ser mencionado nas profecias judaicas e cristãs. E de fato não foi.


Finalmente, no século 7 surge o islã. Foi então que a região da Babilônia ficou na posse de um império de fato, e um império que iria também invadir Israel e se apossar de Jerusalém. Um império que, aliás, faria da perseguição aos judeus e cristãos um dos seus principais fundamentos religiosos. Então, o quarto e último império da Besta para esta região babilônia é o Império Islâmico. O islã haveria de se estender desde as fronteiras com a China até ao extremo ocidental, o oceano Atlântico, tendo a Babilônia quase como um centro geodésico, e na verdade seria o maior e mais terrível de todos esses quatro impérios do sonho de Nabucodonosor.


Relembremos o que Daniel, no capítulo 2 do seu livro, profetizou sobre este quarto império:


40 O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.


Neste versículo 40, é dito que esse quarto império quebra e desfaz todas as coisas. A teoria clássica da interpretação profética descrevia esse como sendo o Império Romano. No entanto, os romanos, regra geral, nas suas expansões territoriais, sempre promoviam o progresso das regiões conquistadas, e deixavam um lastro de civilização e paz social, bem como aprimoramento cultural. Os romanos sempre fomentaram o comércio e a interatividade pacífica entre todos os povos que compunham o seu império. Mesmo no quesito religioso, os romanos respeitavam as crenças específicas de cada povo abrangido pelas suas fronteiras. Eles eram tão liberais e descompromissados no âmbito religioso que, na verdade, não era raro adotarem eles mesmos as crenças religiosas dos povos conquistados. O próprio panteão de deuses romanos já havia sido empréstimo adaptado do panteão dos deuses gregos.


Diante dessa liberalidade religiosa natural e da fomentação do progresso civilizacional no seio dos povos que conquistavam, não há como descrever o Romano como um Império de ferro que desfaria e destruiria todas as coisas. Bem pelo contrário, os romanos sempre se dedicaram a construir. Essa era sua marca destacada, e sempre se constituíram como uma ordem civilizadora nos territórios conquistados. Os romanos, sem exceção, sempre fizeram progredir os povos que conquistaram. Foi com os romanos que se construíram milhares de quilômetros de estradas por todo o império, além de inúmeros edifícios civis governativos e templos aos diversos deuses sem qualquer mentalidade de imposição religiosa em geral.


O Império Islâmico, contudo, configura essa característica avassaladora, do ímpeto guerreiro que tudo calca aos seus pés e que avança para destruir todo e qualquer legado, toda e qualquer identidade dos povos conquistados, obrigando os povos subjugados a se converterem à religião-ideologia de Maomé. O leitor já se perguntou por que os fundamentalistas islâmicos, em 2001, no Afeganistão, destruíram as magníficas estátuas do Buda, as maiores do mundo? E porque ainda hoje eles continuam destruindo acervo arqueológico das regiões mesopotâmicas onde se iniciou a civilização humana? Esses são atos de pureza ideológica islâmica e fidelidade a Alá e ao seu mensageiro Maomé.


Quem conhece o suficiente dos escritos sagrados islâmicos, bem como da história da expansão do islã, sabe que em pouquíssimos anos os povos das regiões que durante seis séculos fizeram parte da cristandade (Oriente Médio, África do Norte, península Ibérica, Síria, Turquia, Egito, Jordânia) foram chacinados, roubados, estuprados, escravizados sempre que não se quiseram converter, compulsoriamente, ao islamismo. O fulgurante avanço do islã foi graças ao terror. A expansão dessa nova suposta religião foi pelo fio da espada. O próprio Maomé afirmou: “Fui feito vitorioso por meio do terror”.[2]


Dez anos após Maomé começar a usar a espada para impor a sua vontade (entre 622 e 632 d.C.), toda a enorme península Arábica passara a ser islâmica. Quase outros trinta anos volvidos (entre 632 e 661), já o islã tinha varrido tudo desde a Líbia, no norte de África, até um pouco além do Irã, na Ásia. E cerca de outros noventa anos depois (até 750), os islâmicos chegaram, no Oriente, à fronteira chinesa, e, no extremo ocidental da Europa, às portas da França, já depois de submeterem a quase totalidade da península Ibérica, com toda a faixa norte-africana em seu poder, e dispostos a derrubar o ainda remanescente Império Bizantino cristão, o qual era então possuidor da Ásia Menor (a atual Turquia) e ainda garantia alguma resistência às ambições hegemônicas do islã de dominar a Europa e o mundo inteiro conhecido, nem que pela força.


Em menos de 130 anos, o islã havia submergido talvez uns três quartos do mundo cristão pela força da espada, pela opressão e coerção. As gerações seguintes dessas regiões nunca viriam a conhecer a religião cristã dos seus pais assassinados ou coagidos sob tortura e ameaça de morte a se tornarem islâmicos, e das suas mães estupradas e escravizadas. Uma nova cultura religiosa e ideologia política e social eram impostas com uma férrea lavagem cerebral às crianças que nasciam. O Deus salvador de Abraão, Isaac e Jacó fora substituído pelo deus Alá, que não tinha filhos nem prometia a salvação das almas senão aos que morriam e matavam na jihad.


Apenas os islâmicos que matavam cristãos, judeus e todo tipo de “idólatras”, ou que morriam na tentativa de matá-los ou se defenderem, tinham garantia de que iriam para o paraíso por esse serviço a Alá. Só a participação na jihad, a luta armada, garantia que as portas do paraíso se abrissem ao crente, assim lhes tinha assegurado o seu mensageiro Maomé.


Nações, cidades, povos inteiros foram espoliados e violentados, foram sequestrados de toda a cultura cristã, de todos os referenciais civilizacionais prévios, foram impedidos de conhecer a verdade libertadora que Jesus tinha trazido para a salvação da humanidade. Satanás conseguiu finalmente fazer reaparecer a Besta que “não era” no tempo de João, mas que vinha da antiguidade, da idolatria babilônica, sempre perseguindo os santos (os judeus) do Deus de Abraão, Isaac e Jacó, e finalmente apareceu cinco séculos depois, como profetizado por Daniel e João.

[1] Apocalipse 17:8.


[2] Hádice Bukhari, 4:52.220.


[Excerto do livro "Apocalipse Agora"]

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